terça-feira, 14 de julho de 2009

Asclépio, o médico perfeito

A mitologia grega representa uma extensa fonte de conhecimentos escondidos em meio às suas histórias lendárias, que vão da natureza e índole humana até a medicina; esta possui até deus próprio, Asclépio, filho de Apolo com uma mortal.

Asclépio foi aluno de Quíron, um centauro imortal, bastante culto, que devido a um ferimento em uma de suas patas, estudou toda a medicina existente para tentar se curar. Sua ferida, no entanto, nao poderia ser curada, por ter sido causada por um poderoso veneno, mas também não o mataria, já que ele era imortal.

Quíron possuia então uma vastissima biblioteca, na qual Asclépio estudou, se tornando um excelente médico. Não havia mais doença que ele não pudesse curar, e chegou ao ponto até de ressuscitar os mortos.

Na mitologia grega, os mortos iam para o reino de Hades. Este deus então foi reclamar com seu irmão, Zeus, sobre essa situação. Além de seu reino estar cada vez mais vazio, também os humanos se tornavam imortais, e portanto deuses, e deveriam então habitar o Olimpo, a morada dos Deuses. Temendo uma superpopulação em seu lar, Zeus resolve eliminar a causa do problema, e mata Asclépio com um raio.

Por seus méritos, Asclépio recebe uma constelação nos céus. Mas isso não muda o fato de ele ter sido fulminado com um raio por estar invertendo a ordem natural do mundo. E o que podemos aprender com essa história?

Podemos aprender que é impossivel enganar a morte, pois ela faz parte da vida. Todo tratamento médico, não importa qual seja, terminará com ela. No caso dos animais, devemos ainda entender que sua vida é mais curta, e nada pode ser feito em relação à isso. Não podemos criar ilusões de que uma pessoa ou animal viverá para sempre.

O papel do médico, veterinário ou não, é melhorar a vida, não fugir da morte. Inclusive desta forma pode-se, com especial atenção durante o tratamento ao bem estar do doente, prolongar a vida dele. O mais importante é, sem dúvida, fazer com que na morte de um animal, possa ser dito que ele pôde aproveitar a vida que teve.