terça-feira, 26 de outubro de 2010

KPC - As Super-Bactérias

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/risco-de-infeccao-por-superbacteria-esta-dentro-da-media-diz-anvisa.html

         Primeiro algumas perguntas, que não poderiam faltar para um crítico:
        1) Nenhum antibiótico mata a KPC, mas álcool gel mata? Ou essa obrigatoriedade teria outro objetivo?    Ou como a prática de limpar as mãos com álcool gel poderia contribuir no impedimento da disseminação da tal bactéria.
        2) As bactérias matam? E o Sistema Imune? Pra quer servem as barreiras naturais do corpo? Qual o papel delas no complexo Doença X Cura?
        3) "Em geral, o corpo humano é habitado por milhares de bactérias, que nem sempre fazem mal à saúde. O uso indevido de antibióticos é responsável pelo fortalecimento e pela mutação de algumas bactérias, que se tornam imunes aos antibióticos." (trecho retirado dessa notícia: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/anvisa-orienta-estabelecimentos-de-saude-sobre-kpc). Existe um abismo enorme e vazio entre uma frase e outra: o corpo humano é habitado por milhares de bactérias sim, ok. Que nem sempre fazem mal à saúde??? Se elas realmente em algum momento podem fazer mal à saúde, porque exatamente isso ocorre? Elas decidem um momento para fazer mal? Qual o real papel delas no organismo vivo?
        O uso indevido de antibióticos é responsável pelo fortalecimento....??? Se os antibióticos de amplo espectro realmente matam bactérias, então tornam o corpo de que os toma estéril? Em que isso implica na manutenção do equilíbrio interno? (essa resposta depende diretamente da fornecida sobre o papel das bactérias no organismo).
        Antibióticos são realmente capazes de matar bactérias dentro do organismo vivo?
        Para quem não sabe, o teste direto de antibiótico sobre bactérias é feito numa placa, bem longe do organismo complexo que somos nós e os vegetais, pluricelulares (muitas células juntas). Depois é feito em cobaias, mas ninguém vê os cadáveres das bactérias ou qualquer outro indício de que elas foram realmente mortas pelo antibiótico. Tudo isso é pautado em indícios: bactérias antes - antibióticos - sem bactérias depois. Vamos dar outro exemplo: Um galpão velho, abandonado. Lá dentro acontecendo coisas estranhas, barulhos, gritos. A polícia cerca. Hipótese de haver fantasmas lá dentro. Um grupo de policiais entra e se ouvem gritos, gemidos. Os policiais somem pra sempre... Dali um tempo sai um grupo de jovens lá de dentro, todos com cara de "o que está acontecendo???"
        Diante desse exemplo ridículo, vamos afirmar que os jovens sumiram com o grupo de policiais??? Esse é o desfecho??? E porque o desfecho do sumiço das bactérias no organismo é: ação do antibiótico? Só porque ele matou bactérias na placa de teste laboratorial?
        Coisas para se pensar:
        Vivemos numa sociedade que nos incute a idéia de que somos incapazes (veja o post do Monty Phyton), da mesma forma nosso organismo é incapaz de se proteger, nosso sistema imune não é suficiente, então é necessário um estímulo externo que mate a causa externa de doença. Não somos capazes porque somos inocentes... É culpa da bactéria, é culpa dos vírus, é culpa do verme e não do meu corpo desequilibrado por uma fraqueza própria, intrínseca, ou por hábitos de vida inadequados.
        Eu não vou ficar aqui descrevendo as diferenças entre pensamento mecanicista/organicista do pensamento vitalista/holista, não agora, mas gostaria muito que todos pensem consigo sobre os questionamentos levantados. Levem isso ao médico e se possível postem as respostas aqui, para que saibamos exatamente o que leva ainda multidões a acreditarem que álcool gel mata bactéria que todos os antibióticos (tão poderosos) não conseguem matar...
       Abraços!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vacinas: V8, V10, V11,...., V30



        Boa tarde! Sou Alessandra e agora também faço parte das pessoas que postarão nesse blog! É bom compartilhar desse espaço.

        Um pouco lá atrás, o André comentou sobre vacinas, principalmente a H1N1. Agora venho comentar especificamente sobre as vacinas que são usadas em nossos animais, principalmente cães, pois os dados podem ser extrapolados para as outras espécies.

        Para quem é leigo, pode questionar o veterinário e para quem é veterinário, pode colocar a mão na consciência e ao menos questionar a si mesmo.

        Lá na graduação, quando ainda estamos aprendendo as disciplinas básicas: imunologia, fisiologia, bioquímica,... Dentre as soníferas aulas de imunologia aprendemos que para que um ser vivo desenvolva imunidade contra um agente qualquer, ou seja, para que o corpo fique imune a uma bactéria, vírus, etc. de forma  eficaz, duradoura, é necessário que o estímulo seja forte o suficiente e causado por UM AGENTE DE CADA VEZ. Além disso existem todas aquelas histórias de imunidade cruzada e falha de imunidade. Outra coisa é que se o organismo está doente já, não é possível que ele, se apresentado a outro estímulo, venha a desenvolver imunidade contra o mesmo, pois o sistema imune já está tomando conta de um assunto mais antigo. Trocando em miúdos podemos realmente comparar o Sistema Imune a um exército coeso, inseparável. Onde vai um, vão todos já que cada componente dele tem um função específica e sozinho não consegue resultado algum. Então, fazendo o raciocínio de quem defende a vacinação, vejam que não estou falando de homeopatia nem fazendo apologia à não vacinação, estou apenas questionando a coerência de uma atitude, será que introduzindo ao mesmo tempo 8 ou 10 agentes no organismo de um cão, conseguiremos uma proteção eficaz para qualquer um dos agentes? Ou será que o "exército" focará um em detrimento do outro? Ou será que para nenhum dos agentes haverá uma quantidade suficiente de anticorpos?

         O protocolo de vacinação para raiva no Instituto Pasteur, onde tive que ser vacinada para um estágio no Centro de Triagem de Animais Silvestres situado no Manequinho Lopes, Ibirapuera, é o seguinte (sem detalhes que não lembro): não estar doente (gripe, resfriado, etc), tomar 1 dose e 2 reforços e fazer prova de título de anticorpos para verificar se houve imunização. Eles têm um valor que seria o mínimo para uma proteção eficaz e se a pessoa vacinada apresentasse algo abaixo teria que repetir a vacinação.

        Então como nossas campanhas de vacinação anti-rábica são eficientes? Pessoas não habilitadas para saúde-animal, voluntárias (não as critico, pois auxiliam no que lhes é requisitado) vacinam animais que se encontram numa fila, muitas vezes debaixo de sol quente, num imenso stress (muitos nunca saem para passear a não ser no dia da vacinação), alguns (pra não dizer vários) com sarna, diarréia ou qualquer outra coisa que não é verificada. Não vou entrar em detalhes mórbidos de sanidade para não gerar um problema político num blog, mas saibam que já participei de campanha de vacinação e vi o que me pediam... Fora dos protocolos de saúde e higiene. Como algo assim pode ser efetivo??? Ou todos os estudos de imunologia estão errados ou esses métodos de vacinação estão errados... não tem como dizer sim pra um e pra outro, pois são contraditórios em muitas partes.

        O argumento para cães vacinados e que mesmo assim adoecem (cinomose, parvovirose principalmente) era porque haviam utilizado vacinas nacionais e não as importadas que só os veterinários têm acesso. Então quando um animal que tomou essa vacina importada no veterinário e ainda assim ficou doente, foi culpa das estatísticas, pois as vacinas não têm 100% de eficácia. São diversas informações que não servem para outra coisa a não ser para dar desculpas para as falhas imensas de um método há muito já notado como falho.
        Não vou citar as inúmeras mortes de animais pela última vacinação anti-rábica, pois não é necessário forjar mais desculpas...
        Esse texto não apela à não vacinação (ainda), mas sim para o nascimento do pensamento crítico... Basta que façamos perguntas simples acerca de nossas práticas para que possamos perceber quantas perguntas não são respondidas ou quantas respostas são insatisfatórias.

        É isso aí! Podem comentar!
        Abraços