segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Farmácia homeopática - ponto fundamental

                      Ao ver essa figura o que lhe vem à mente? Figuras sem legenda podem levar a erros e alimentar mitos.

         Primeiramente gostaria de me desculpar pela demora em postar mais informações... A vida esteve e está corrida, ainda bem!
         Continuando a linha de raciocínio. Escolheram um ótimo médico, muito bem indicado e claro em suas colocações, seguidor fiel de Samuel Hahnemann. Então ele lhe dá uma receita e você sai do consultório para comprar seu medicamento. Em que farmácia vou??? AHHHH naquela farmácia de produtos naturais que vende florais, fitoterapia, homeopatia, vela e incenso. Muito cuidado com isso! Fico realmente preocupada quando vejo propagandas de medicamento dinamizado junto com plantas. Por mais que possa ser representativo das plantas que dão origem aos medicamentos, isso pode alimentar o mito de que fitoterapia é homeopatia.

         A primeira coisa a se estar atento é se a farmácia faz os medicamentos dinamizados (homeopáticos) na hora ou se eles já estão nas prateleiras. Jamais compre medicamentos dinamizados prontos (não vou entrar no mérito dos complexos, Welleda e afins, pois não se trata de homeopatia). Eles DEVEM ser feitos na hora. Não exatamente por haver algum problema em estocá-los, mas normalmente as pessoas não estocam corretamente, expondo estes medicamentos a diversos odores, luz inadequada, etc.

         O correto mesmo é seguir a indicação de seu médico (veterinário), pois ele tem a obrigação de conhecer a qualidade dos medicamento das farmácias que indica.
         Eu digo isso, porque cada medicamento tem especificações próprias de produção. E são diversos detalhes que devem ser observados.
            Dou um exemplo: 
         Existe um medicamento chamado Bryonia alba, proveniente de planta do mesmo nome. Entretanto, existe outra espécie que é a Bryonia dioica. Toda a experimentação foi feita com a primeira espécie, logo não faz sentido as farmácias usarem a segunda para fazer o medicamento. E sim, existem muitas farmácias que fazem isso.
          Outra coisa importante é a origem das plantas. É fato que o solo e as condições climáticas alteram a composição das plantas. É muito fácil observar isso no sabor de verduras na dependência do tipo de cultivo ou de sua origem. Portanto, se a Belladona usada na experimentação foi a silvestre européia, obviamente que os medicamentos produzidos devem ter por matriz a planta de mesma origem. Mas vemos muitas farmácias usando como fonte, plantações climatizadas e nacionais (no caso da Belladona). Para verificar se os efeitos seriam os mesmos, deveriam ser delineados experimentos nas mesmas condições encontradas por Hahnemann e dessa forma validar as plantas climatizadas. Enquanto isso não for feito de forma satisfatória, não podemos pensar que teremos resultado tomando um medicamento diferente daquele que o médico receitou.

        Vou explicar: Existem livros denominados "Matérias Médicas" que foram escritos com base nas experimentações feitas em pessoas saudáveis. Hahnemann, começou a fazer isso em si mesmo, com China.   Ele percebeu que ao tomar a substância, desenvolvia sintomas como se estivesse doente, e incrivelmente os sintomas que ele apresentava eram os mesmos que as pessoas que tomavam China tinham e que eram curados. Então ele começou a fazer isso sistematicamente com várias substâncias e anotar tudo. 
        Para escolher um medicamento para o quadro mórbido do animal (humano ou não), o médico verifica esses livros a fim de encontrar neles um medicamento que cause no animal os mesmos sintomas que ele têm naquele momento.    Agora imagina se você ou seu bichinho toma outra coisa??? Será que vai funcionar? E se não funcionar? O erro foi do médico ou da farmácia?

         Por isso: 
         Pacientes/clientes, sigam as orientações do médico para a compra do medicamento. 
        Médicos: sejam responsáveis em todas as etapas, conheçam muito bem as farmácias que indicam para que ela não seja um obstáculo ao tratamento.

        É mais ou menos isso.

        Abraços,

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Médico homeopata: PROCURA-SE

        Como prometido no post anterior, vou falar sobre o tripé que implica na realização do tratamento homeopático. Tudo que eu escrever aqui, pode ser usado tanto para médico humano como para veterinário. A única questão que difere é que é muito mais difícil achar um bom vet homeopata que um médico (que já é uma raridade), imaginem!!! Boa sorte na caçada! rs
        Outro mito popular muito disseminado, inclusive entre médicos e outras pessoas ditas "bem informadas" é que o indivíduo que toma remédio homeopático está se tratando com homeopatia. Péééééé! Errado!
        Primeiramente, o nome "medicamento ou remédio homeopático" traz uma idéia equivocada. O correto seria chamar de medicamento dinamizado, pois é isso que ele é. Uma substância, preparada de modo especial (descrito em livros) que passa por um processo específico de diluições e agitações sucessivas e fornece ao médico o efeito que ele precisa no tratamento. Para tratar um indivíduo homeopaticamente, o médico deve dispor de medicamentos que se assemelhem ao que ele quer curar. Sendo então a Energia Vital dinâmica e imaterial, ele precisa de um medicamento igualmente dinâmico e imaterial que é conseguido por meio da dinamização. A partir de hoje, escreverei medicamento dinamizado, ok? No início vou colocar entre parênteses para habituá-los ao nome.
        Daí já é possível perceber que o medicamento dinamizado (ou homeopático) é apenas uma ferramenta do médico homeopata e não a homeopatia em si.
        Com esse exemplo tão basal, podemos notar o quanto a sociedade está longe de entender o conceito de homeopatia, mas todo esforço é válido para este objetivo!
        Por isso, existem algumas características que ajudam a pessoa leiga (em homeopatia) a identificarem o tripé e a avaliarem se as coisas estão indo de acordo ou não.
        O tripé se trata de: um bom médico, uma boa farmácia e o uso correto dos medicamentos. Seguem as observações pertinentes:

        1) Bom médico: Existe um texto belíssimo escrito por Hahnemann que descreve O Bom Médico. Lendo esse texto, pude notar que atualmente é muito difícil achar esse ser em extinção. Principalmente porque os parâmetros que as pessoas usam para avaliar um bom médico hoje, são bastante materialistas e já se distanciaram por demais do ideal.
Vou colocar o trecho aqui e, como se trata de utilidade pública, peço que espalhem este conceito! E se acharem que ele está errado, comentem!


 "                                                     COMO DEVE SER UM BOM MÉDICO

                                                              SAMUEL HAHNEMANN (1755 - 1843)
     "Escolhei de preferência um médico que jamais se mostre grosseiro, que nunca se irrite, salvo a vista de uma injustiça; que não desdenhe de pessoa alguma, salvo dos lisonjeadores; que tenha poucos amigos, mas por amigos, homens de coração; que deixe aos que sofrem a liberdade de se lastimarem; que jamais emita opinião sem prévia reflexão; que prescreva poucos medicamentos, a maioria das vezes um único, e em substância; que viva modestamente e retirado, afastado do ruído da multidão; que não dissimule o mérito de seus confrades e não faça auto-elogio; enfim, um amigo da ordem, da tranqüilidade, um homem de amor e de caridade.
     Antes de escolherdes um médico observai como ele se comporta com os doentes pobres e se, em seu gabinete, quando está só, se ocupa com trabalhos sérios."                                                        (trecho de carta escrita por Hahnemann em 1795 a um príncipe alemão).                                                "



        Notaram como é SUPER FÁCIL encontrar alguém assim??? De qualquer forma, é possível! E se as pessoas começarem a buscar isso e exigir isso, não teremos nada mais que exatamente isso... O que acontece é reflexo do que buscamos.
        Fora o fato de encontrar um bom médico, ele deve saber o que faz... Portanto, se alguém disser que é homeopata (vet ou não) e não souber o Organon de trás pra frente, não souber quem foi Hahnemann, não citá-lo nas conversas que vocês terão, não prescrever apenas um medicamento por vez, não souber de onde está saindo e para onde vai com seu tratamento e, dentre muitos outros fatores, o principal: não usar APENAS medicamentos dinamizados (ou homeopáticos).... CORRA!!! Você está diante de uma pessoa mais perdida que você. 
         Não estou aqui dizendo que o tratamento não funciona do ponto de vista do "desaparecimento" dos sintomas (lembra do Lavoisier?), mas estou dizendo que ele não está sendo homeopata... E se você busca a homeopatia, não se deixe enganar!
         Também não estou dizendo que se trata de um charlatão, mas muitas vezes de uma pessoa tão leiga em homeopatia quanto você. Muitas vezes, sem saber muito bem, ele foi atrás da vontade de tratar os pacientes de forma mais efetiva, mas encontrou as pessoas erradas no caminho dele, e aprendeu a coisa errada. Não o eximo da culpa de cegueira voluntária, mas não o culpo de charlatanismo. Por que cegueira voluntária? Porque uma pessoa que faz a diferença para o mundo é munida ao menos com umas três pulgas atrás das orelhas e não aceita tudo o que lhe vomitam sem ir consultar, sem questionar, sem estudar ativamente.
        Seguem algumas perguntas interessantes que você poderá fazer no momento que for ao médico homeopata para se certificar que ele segue alguma linha séria de tratamento: 
         a) Que linha da homeopatia o Dr. segue? 
         b) Por que eu não vou tomar apenas um medicamento de cada vez como disse Hahnemann?
         c) Porque o Dr. usa um computador pra achar meu medicamento?
         d) Devo vacinar-me ou a meus filhos? Sim? Por quê? Não? Por quê?
         Acredito que com essas perguntas, já será possível triar bem!
         Caso faça perguntas assim e receba respostas interessantes, venha publicar, para que realmente saibamos esses motivos!

       2) Boa farmácia: essa fica para o próximo post! Senão é muita informação! E também me dá um tempo pra falar com quem entende mais que eu hehehe

Abraços fraternos!


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Mas porque tanta demora pra ter um resultado???

        Essa é uma questão que acompanha a Homeopatia como crença. Pra 90% das pessoas que falo sobre homeopatia, a primeira observação que fazem é: mas o tratamento é demorado!
        Então vou escrever umas coisas que esclarecerão esse fator "demora" e derrubará (ou esse é o objetivo) esse mito.

                                                      

        Existem, em termos gerais, dois tipos de doença: as agudas e as crônicas.

        As doenças agudas têm um curso definido, ou seja, têm começo, meio e fim. O fim pode ser a cura ou a morte (sem estímulo medicamentoso ou qualquer outra intervenção). Como qualquer outra doença (ou desequilíbrio), ela mina as energias do ser vivo, gasta mesmo, mais que o curso de vida normal. Essa conta só perceberemos lá no fim da vida. Esse tipo de doença precisa de intervenção rápida e também dá uma resposta rápida.
        Quando se trata uma doença aguda com a Homeopatia (lê-se aqui, escolha do medicamento e forma de administração corretos, realmente homeopáticos), o resultado se dá rapidamente.
        Darei meu próprio exemplo: quando grávida do meu primeiro filho, eu ainda não ia regularmente ao médico homeopata como hoje. Fazia o pré-natal num hospital, com um médico tradicional. No 5º mês, eu tive 2 cólicas renais. Na primeira, fui direto ao hospital e lá me administraram o protocolo para cólicas renais (não vou citar aqui). A dor insuportável passou, mas fiquei com uma sede horrível, enjôo e uma sensação de dolorimento na região dos rins. Passou. Na segunda cólica, eu me neguei a ir ao hospital e localizei meu médico que passou um medicamento homeopático de emergência (todo paciente deve ter uma farmacinha de emergência). O modo de uso desses medicamentos normalmente é em plus, ou seja, diluem-se os glóbulos ou gotas em meio copo d'água e toma-se uma colher de chá a cada 10 minutos em um intervalo de tempo (30 minutos ou 1 hora, o médico deve decidir). Na primeira colherada, eu tive um pequeno aumento na dor (agravação homeopática que precede e indica a cura), na terceira colherada, ou seja, 20 minutos depois de começar a tomar o medicamento, eu, que estava deitada no chão rolando de dor (quem já teve cólica renal sabe do que estou falando), levantei sem dor alguma. Se para vocês 20 minutos não é rápido, não sei o que pode ser. O melhor é que não havia sequer sombra da dor que eu estava sentindo.    Como dizia minha avó: tirou com a mão!
        Isso foi a junção de doença aguda + bom médico + medicamento correto em frequencia e diluição corretos = cura.

        As doenças crônicas são aquelas sem curso definido, ou seja, não é possível prever se será curada sozinha. Ela se arrasta por anos, levando o paciente a sofrimentos periódicos e períodos de falsa sensação de saúde.
        Atualmente, consideramos que grande parte da população humana e animal (domiciliado) sofre de doença crônica. Ela, diferente do que pensam muitos, não está ligada aos hábitos, mas sim às características genéticas dos indivíduos (desenvolvimento inadequado de órgãos determinado por genes) + estímulos imateriais que desequilibram a energia vital suscetível (ondas de transmissão de sinal de celular, por exemplo) + estímulo material (qualquer agente ou corpo estranho, até mesmo as próprias células do indivíduo). Diante desse quadro de baixo estímulo, o corpo entra em ação por meio do Sistema Imunológico para combater o que está errado, mas o sinal é baixo e o sistema imune não consegue "enxerga-lo" apropriadamente para desenvolver uma proteção eficiente. Então fica produzindo sintomas desagradáveis e ineficientes toda vez que se vê atacado. Daí surgem aquelas dores de cabeça periódicas, ataques de ansiedade, problemas urinários, dores no estômago, diarréia, problemas cardíacos, etc. Todo sintoma corporal desagradável é resultado da ação inadequada do sistema imune. Quando não há resposta imunológica, não há sintoma, por isso, não sentir coisas desagradáveis pode não ser uma coisa muito boa, tudo depende do histórico de saúde da pessoa ou do animal. Também não quer dizer que devemos nos sentir mal para pensarmos que estamos bem, certo? O ideal é que o estímulo seja suficiente para que o Sistema Imune o localize, e enxergue direitinho para que desenvolva a proteção adequada contra o que estava errado e, dessa forma, resolva o problema.
        Entretanto, uma doença tão arraigada e desenvolvida durante anos certamente não desaparecerá (mesmo porque Na natureza nada se cria, nada se perde; tudo se transforma segundo a lei do nosso amigo Lavoisier) de uma hora para a outra. O tratamento tomará mais tempo, mas isso de nada se diferencia de outros tratamentos, pois indo a um médico convencional para tratar de uma dermatite atópica com asma você obterá a notícia de que precisará tomar os remédios pra vida toda. A vida toda pra mim demora muito, então novamente, dizer que a homeopatia demora pra funcionar, é repetir uma crendice popular sem pensar.
        Vou contar um caso veterinário: por 2 anos tratei um cão com problemas comportamentais. A guardiã do cão havia me chamado como adestradora no início, mas com todas as técnicas corretamente utilizadas por mim e por ela, não houve sequer uma melhora. Então propus um tratamento homeopático. O cão era "traiçoeiro", ou seja, mordia as visitas sem aviso. Ia chegando como amigo e de repente, NHAC! Ainda bem que é só um Lhasa Apso! toda vez que alguém chegava ele mordia. Isso era o principal, mas ele apresentava outros problemas como ansiedade de separação e lambedura de patas. Da última vez que fui lá, depois de longos 2 anos trocando medicamentos e formas de administração quando era oportuno, e com o auxílio da querida guardiã dele, Thor estava com cara de cachorro feliz!  Pedia carinho e já não lambia mais as patas. Antes ele tinha cara de psicopata!
        Isso não quer dizer que ele não vá mais ficar doente, mas é muito provável, que frente a um desequilíbrio, ele responda agora com um problema mais externo (pele, intestino, estômago) e pouco provável que o desequilíbrio atinja novamente o cérebro dele.
            Quando, além da doença natural, existe a doença medicamentosa, o tratamento fica mais demorado, pois esta última é artificial e ligada à presença do medicamento que foi utilizado inadequadamente no organismo. E são doenças medicamentosas qualquer uma causada por doses excessivas de uma substância dada sem fim curativo (corticóides, por exemplo).
        Isso direi sempre que oportuno. Um tratamento homeopático só poderá ocorrer sob o tripé: bom médico homeopata (humano ou veterinário), boa farmácia e correta utilização dos medicamentos. Fora desse cenário podemos ter qualquer coisa que não Homeopatia.

        Ok. Então COMO identificar tais características? Podemos deixar isso para a próxima!

Abraços!!!
Alessandra